Está na hora de discutir as desigualdades mundiais, dentro e fora da escola. E porquê?
- Impacto na qualidade de vida: As desigualdades mundiais afetam significativamente o acesso a uma vida digna. A disparidade entre os rendimentos e direitos das pessoas nascidas num país africano e das pessoas nascidas num país na América do Norte consegue ser ainda maior do que as clivagens históricas entre aristocratas e camponeses. Compreender estas disparidades é crucial para questionar as injustiças contemporâneas.
- Fonte de tensões globais: O fosso crescente entre as minorias mais ricas e as maiorias mais pobres acarreta consequências profundas, levando a tensões frequentes e transversais a várias regiões. Abordar estas desigualdades é essencial para prevenir conflitos e promover a estabilidade global.
- Natureza multidimensional: Ainda que, frequentemente, as desigualdades mundiais sejam medidas em termos económicos, cruzam-se aqui várias dimensões, fundamentais para compreender assuntos globais críticos. Referimo-nos a questões como as migrações intercontinentais, o impacto desigual das alterações climáticas, a geografia da fome e as disparidades no acesso à educação e a cuidados de saúde. As escolas oferecem o ambiente ideal para explorar todos estes aspetos.
- Necessidade de consciencialização e ação: Apesar da sua importância, as desigualdades mundiais são um tema pouco discutido e ainda incompreendido. Educar acerca das causas, natureza e efeitos das desigualdades é o primeiro passo em direção à mudança, considerando o impacto direto e indireto nas pessoas. As escolas desempenham um papel primordial na facilitação desta consciencialização e na promoção da formação cidadã.